segunda-feira, 18 de julho de 2011

ideiando momentos...

         Av. Borges de Medeiros,  exercícios de fotografia noturna, 2008.

Silêncio na noite,
sombras de luz,
contornos...
(haiku 2008)

ideiando os tempos....

                               Momento introspecção...


Estou plena de lembranças de uma vida rica de experiências. Li em algum lugar o termo "endividada" de lembranças.
Mas é isso mesmo, percebo hoje, no limiar das transformações tão almejadas por mim, o quanto estou impregnada de lembranças, das mais diversas.
Dizem os sábios que ter lembranças felizes é saudável, voltar por vezes ao passado e relembrar é sempre muito bom. No meu caso é motivo de orgulho, cada passo alegre, cada passo terrível, cada passo que dei foi com a força que eu tinha naquele momento, foi com o melhor de mim. Fiz algumas bobagens, fiz muitos acertos, mas fiz muito...


Agora busco forças e coragem para o passo final de uma escalada de reformulações da minha vida... Preciso sim de coragem, de sabedoria, para a esperada eliminação do supérfluo na minha mochila.
Pelo menos vou contemplar um texto que escrevi há muitos anos atrás:


Por entre as nuvens
vou levando minha mochila....
Por entre os sonhos
vou escolhendo o caminho...
Por entre a vida
Vou deixando meu passado....


É isso aí...depois desta dança, nada mais será igual !!!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

ideiando mais um pouco...

                                 Buenos Aires, 2008.

Será que podemos dar uma cor à alegria?  
Será que tem alguma  forma especial de  expressar o que se passa pela alma quando conseguimos o que queremos,  depois de longos anos?
Jubilo.
Êxtase.
Alegria.
E a minha alegria pode ser vermelha.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ideiando, apenas ideiando....

                                 Lagoa Mirim, Sta. Vitória do Palmar, 2008



Mentiras são fiapos de pensamento
que não acharam a sua casinha...
Estou do outro lado disso. 

(escrito em julho de 2009) 

terça-feira, 5 de julho de 2011

ideiando o friooooooo....


                          Praia de Ipanema, inverno de 2008.


O frio aqui no Rio Grande é daquele tipo de não se encher totalmente a xícara de café, de servir café pela metade, porque ao tomar tudo,  o café já esfriou.
Frio de não esquentar.
Frio de doer na pele.
Frio mal educado.
Tudo bem que o velhinho lá de cima, São Pedro, está caducando....mas esquecer a porta do freezer aberta, até aí já é demais....
Se até os pingüins de um centro de reabilitação de animais recebem calorzinho com um split, gente, o que diremos nós, simples mortais de temperatura controlada sem temperatura controlável...
Hoje botei  minhas roupas de frio meeeeesmo, daquelas da Patagônia e do Atacama.  Terminou meu estoque de paciência, agora tem que ser pra valer... E aí eu pergunto ante uma perspectiva de viagem próxima: como fazer uma mala pra passar uns dias no calor???  Eu nem sei se existem roupas pra tempo quente.....hehehehehe.....esqueci.......existe tempinho de calor nessa vida????

Sabem, quando eu me meto embaixo das cobertas, tentando me aquecer, lembro invariavelmente dos desabrigados. É uma  lembrança incômoda, pois tem tanta gente passando frio e fome e eu ali no quentinho.  Mas quem não lembra disso nesses momentos?
Ontem estive num desses centros que dão sopa aos pobres, lá eles recebem doações de tudo, até de latas tipo Nescau ou Ninho, caixas de leite vazias, tudo isso para se transformar num vasilhame portátil para que os pobres carreguem a sopa junto pros lugares onde vivem.
Ou sobrevivem.
Quem quiser colaborar com esse local que dá sopas gratuitamente, entre em contato comigo. Tudo serve pra fazer sopão, que aquece os corpos desse povo desnutrido e desprotegido.
Sem apologias, eles são gente como a gente, sentem  frio e fome e nessas épocas fica tudo mais difícil.
E a neve???   Ui ui ui, como é lindaaaaa......A neve é linda de se ver, sim, mas quem não conhece seus predicados práticos, acha tudo maravilhoso (e realmente é). Mas quem já sentiu na pele ter que caminhar na neve, ter neve entrando pelo cangote, escorregar no gelo....esses momentos não deixam lembranças agradáveis... ainda prefiro o meio-termo.
Então aqui vai o meu pedido pra São Pedro: que seus cuidadores tenham pena de nós aqui embaixo, que amenizem um pouco esses zero graus e até menos ou pouco mais, que nos deem vida morna de novo...
Tudo o que eu quero é poder caminhar na rua sem sentir que vou ficar sem a pele do rosto.
Será que preciso rezar uma Ave Maria pra ser atendida?
Quem me ajuda?