quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ideiando chip

Foto obtida com baixa velocidade e luz, através de uma espiral de caderno/ilane 2007

Pois é, meu celular estragou de novo, simplesmente não liga. Aliás, nunca mais compro essa droga de marca, já tive televisor novo dessa marca, que a assistência técnica não deu jeito e eu perdi.

Sai de casa voando para ir ao shopping comprar um novo aparelho, não posso ficar sem (ai que neura!!!) e quando quis entrar dei de cara com um baita guarda, que meneando a cabeça tirou a minha intenção de continuar voando: o shopping só abria as 11 horas!!!  SACOOOO.....
Bem, voltei pro carro no estacionamento e foi lá, sentadinha aguardando que o baita guarda me deixasse entrar para trocar o meu chip por um modelito menos sofisticado e mais competente, que escrevi essas linhas.
Epa.... falei meu chip ???
É mesmo, acho que sou movida a chip, pois a atrapalhação que foi ficar sem celular me deixou perplexa comigo mesma... PAREI TUDO!!!
E senti que não posso ficar sem me ligar no mundo!!!
Assuntos os mais diversos ficam à mercê dessa bostica de aparelho, pois ainda não aprendi telepatia nem sinal de fumaça.


Certa vez uma amiga me deu um conselho eficaz, mas não prático: “desliga”!!!
Sim, desliga teu chip...
Mas não consigo....hehehehe....não posso desligar a vida que pulsa lá fora, eu dependo emocionalmente dele pelo jeito, portanto sou movida a chip sim.


Mas sentada no carro, aguardando a abertura do shopping, vejo o céu azul e o rio tão calmo, a vida parece ter outro ritmo, o tempo passa mais devagar...
A inquietação é interna, a vida transpassa célere pelos sentidos, se eu ficasse sentada dentro do carro por mais tempo, esse mesmo tempo iria custar a passar.
Mas....sempre um mas.... se eu conseguisse entrar naquele shopping, nem sei se teria tempo de almoçar.
Opostos pressurizados.
Precisei me dar um tempo.
Tempo dos tempos.
Consolo: estou trabalhando no meu private chip, mas para melhorar essa minha relação com o tempo.


Os funcionários que chegavam para seus trabalhos passavam aos lotes pela frente do meu carro, o shopping já estava aberto e o baita guarda deveria me deixar entrar.
Interrompi meus devaneios chipados e resolvi acompanhar as hordas, afinal acho que sou normal.
Sem tempo e com pressa.


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