sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ideiando mais um Natal...


Estamos todos vendo a profusão de cores e enfeites natalinos nas lojas, na TV, nas ruas... Me assusta essa proximidade, parece que foi ontem que estávamos com o pinheiro armado na sala, cheio de luzinhas pisca-pisca enredadas na árvore, haja paciência para colocar aquilo.....

Mas quando caí em mim de que realmente preciso me mexer com os preparativos, uma amiga já tinha feito os biscoitos natalinos, a outra já tinha armado a árvore... a outra, ainda, me pedia a receita de biscoitos da minha avó ....me senti uma inutilidade ambulante e comecei a ir ao encontro do natal também, que remédio...

Folheando meu caderno de receitas amarelado, lembrei que a modernidade já havia passado por ali e a receita estava arquivada no computador.... comprei os ingredientes e preparei os vidros para receber os biscoitos.

Tudo bem até ali, mas....(eu sou mesmo uma alma perguntadeiraaaaa....) ...
cadê o espírito natalino???
Preciso sentir o cheiro do pão de mel, do pinheiro legítimo queimando com as velas, das músicas suaves como fundo musical em casa....
Ahhhh que tempo lindo esse... Inspirei minha filha e ela também é feliz nessa época, eu sempre quis que ela tivesse a mesma alegria que eu tenho pelas festas natalinas.... E ela adora fazer biscoitos, como eu... decorar a casa e o pinheiro, comer marzipan, ir na Germânia e almoçar lá no dia do Bazar de Natal....


Bem, as forminhas estão prontas para cortar a massa e o material já está em casa... Falta providenciar o espírito natalino....esse eu preciso me esforçar para ter, pois anda tudo muito depressa pro meu gosto.
Vou colher pinhas e cortar galhos do pinheiro, quem sabe o cheirinho ajuda.
E no dia que determinamos para a realização dos biscoitos e ao som de músicas natalinas, o cheiro da fornada nos remeterá a mais um natal, vamos rir bastante enquanto cortamos os ditos cujos, com aquela “enfarinhação” na mesa, na cozinha, no forno, na cara!!!! E depois olhar embevecidas o que fizemos, cansadas mas felizes.
Só tem um problema: não consigo nunca pintar os biscoitos, não dá tempo....todo mundo quer comer assim mesmo, de tão bons que ficam....


Minha avó fazia muitas fornadas em fogão a lenha, colocando os biscoitos nuns latões que ela comprava com banha e, depois de vazios, guardava especialmente para essa ocasião do Natal, tudo muito antigamente e lá no interior onde ela morava.
Guardava os latões cheios de biscoitos nos primeiros degraus da escada do sótão, sótão esse fechadinho por uma porta com tramela, o que para nós crianças era um problema para abrir, a tramela era alta, a gente não alcançava e depois, se alguém esquecesse essa porta aberta, não tinhamos coragem de entrar, pois além da escada ser muito íngreme, tinha uma coisa pior ainda: um manequim desses onde se provavam as roupas, bem no topo da escada, olhando pra baixo!!!
Nós ficávamos apavorados com o tal manequim e não escalávamos a escada de jeito algum. Sob o rígido controle do manequim, os biscoitos aguentavam até o Natal...
Mas um dia, mais crescidos e já pensando como gente grande, conseguimos chegar na tal tramela e abrimos a porta...nos fartamos com os biscoitos... de costas e sem olhar pra cima e pro manequim.
Que legal, manequim não come e não fala, ainda bem...


Doces lembranças, hehehehe...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

ideiando meu pai, no dia em que faria 90 anos...


Tenho saudades do meu pai, embora nossa relação sempre tenha sido bastante conflituosa. Um dos únicos abraços de que me lembro foi no dia do meu casamento, na porta da igreja, pois ele não era chegado a carinhos.
Aos 67 anos teve um derrame, que deixou sérias sequelas, ficando por 15 anos quase sem caminhar e depois muito dependente.
Faleceu velhinho, debilitado pela longa doença.
O trecho abaixo, estou transcrevendo a partir das minhas anotações de setembro de 2001, quando fiquei sozinha com ele, no quarto dele, na casa dele, num raro momento de intimidade.
Eu ao seu lado e ele deitado, num silencio profundo cheio de significados.
Tão profundo quanto a distancia que tínhamos entre nossos corações.


“Agora que está velhinho e débil, precisando de ajuda, tenho acesso às suas mãos, macias e enrugadas, uma defeituosa e outra perfeita. Aliso seus dedos bonitos, suas unhas parelhas, enquanto toca “We Are Friends” no radinho de pilha ao lado da cama, em seu quarto. É noite de sábado, chove muito lá fora e estamos sós, pois a mãe foi buscar um remédio novo que o médico receitou, remédio esse que controlará os “pensamentos mágicos”.


São momentos de graça e absurdo, pois estamos vivendo uma dualidade de passado e presente em instantes, ele em dois momentos de vida diferentes, alternando presente e ilusão, e eu avaliando o que foi nossa relação pai-filha, analisando os porquês sem respostas.
O tempo fica como que congelado. Ele está fora do ar e eu também.
Resta apenas o meu suspiro.”

Pai, eu gostaria de te dar um longo abraço hoje, feliz aniversário !!

domingo, 14 de novembro de 2010

ideiando um domingo no parque...

O domingo ideal começou quando me "obrigaram" a levantar cedo... e eu que tinha me programado para dormirrrrrrrrrrrrrr nesse domingo.......ninguém mandou ter amizades madrugadoras...
Cedo da madrugada, quer dizer, lá pelas 9:30 fomos para o parque, que estava assim óóóóóó:

com um céu de brigadeiro, pouca gente devido ao feriado, clima perfeito e super ameno.
Colocamos as câmeras em ponto de trabalho (fotometria não é mole!!) e começamos os testes, disparando para muitos lados e conferindo os resultados.


E como o Brique estava logo ali... começamos a percorrer os antiquários... nossaaaaaa quanta coisa velhaaaaa...  hehehehe.... ainda por cima  descobrimos que somos ricas e não sabíamos..hehehe...., pois temos muitas daquelas quinquilharias em casa, p.ex., um telefone do tipo macaco-preto que custa  280 pilas, canecos de chopp a 60 e tralha mais tralha, caneca, canequinha, bandeja, bandejinha.... Mas o mais incrível... tinha um caneco horroroso, daqueles que tem um rosto na frente, o campeão da breguice, por módicos 560 reais....

E os tipos que passavam por nós?  Bom, nós  somos uns tipos bastante exóticos também, mas tem gente que nos ganha longe... 
E esse exemplar da raça canina, um poodle, que passeava super bem acomodado no peito da sua dona, todo paramentado de óculos, camiseta e meias?  Que tal??


Bem, caminhamos e fotografamos à vontade, conversamos e interagimos com muitos, foi muito bom ter levantado cedo (ai que coisa!!!)...

E de repente, quando já estávamos começando a arrastar os tênis, passou por nós esta belezinha... parei e me obriguei a fotografar o momento,  dada à exclusividade da sua pose, literalmente de pernas para o ar...
Ai que inveja, naquele momento era tudo que a gente queria...


Depois continuamos nosso passeio, vimos índios cantando e dançando, pessoas pintando, crianças com muita alegria nos rostos... Pais dedicados levando seus filhos, donos de banca cuidadosos no oferecimento dos seus produtos, enfim, um universo de diversidades. Almoçamos, encontramos amigos e continuamos com a nossa tarde em meio às flores, músicas e cotoveladas vezenquando. Um belo sorvete coroou nossa tarde.

Enfim,  consagramos as câmeras como fantásticas e perfeitas, estamos muito satisfeitas com os resultados.
Confiram nas fotos.
Viu Edgar?




sábado, 13 de novembro de 2010

ideiando uma nova câmera!!!


Fotografe algumas vezes e veja se gosta.... mas cuidado, isso viciaaaa !!!!
Daí a gente vende o que tem para comprar o que não tem....hehehehe....

Daí quando tem, precisa aprender mais e mais e cada conquista é uma glória... um sucesso.... uma vibe maravilhosa...
Essa foto aí de cima é de uma costela-de-adão ao sol da tarde, numa quase macro...


Explorando flores, texturas, cores, luzes e sombras, o Universo se torna imenso de alegria pela novidade e imerso nele estão seus produtos vivos de beleza inimagináveis. Aqui acima uma flor branca da qualidade dos Antúrios.

Uma macro ou um zoom nos transportam para mundos que não vemos normalmente e é aí que reside o encanto....ver o quase invisível, ver a beleza dos detalhes, ver o que quase nunca se vê !!!

Amanhã tem mais...

domingo, 7 de novembro de 2010

ideiando mais uma multa...

Foto capturada da internet, não sei a autoria.


Sei que sou uma motorista consciente e dirijo há mais de 40 anos sem acidentes. Sou cordial com outros motoristas, não xingo, dou espaço, não estaciono em lugar proibido, procuro não infringir leis, enfim, sempre fui de bem no trânsito. Sou uma pé-de-chumbo que cuida das leis e faz questão de que as leis sejam seguidas por todos. Podem olhar meu prontuário.

Entretanto, o que me incomoda, e muito, são as multas que tenho recebido por “excesso de velocidade”, um ridículo excesso de 1 ou 2 km/hora.... Confesso que sou rapidinha, mas passar 1 ou 2 km do permitido, em pistas que se você andar na velocidade permitida os outros carros passam por cima, pistas rápidas e super movimentadas.... é, no mínimo, uma multa espúria, como diria o Paulo Sant’Anna.

A última multa que recebi foi porque eu estava a 68 km/hora, na Padre Cacique, quando eu poderia estar apenas com 67 km/hora no máximo, oras..., está escrito na multa que eles consideraram a velocidade de 61 km!!!!! E o que me deixa mais furiosa é que o radar móvel estava estacionado quase escondido, atrás de um caminhãozinho que foi deixado ao lado da pista há séculos, ele está largado ali há tanto tempo que chega a ter capim embaixo dele...

Pra que esconder o radar ???
Por que o radar móvel não se preocupa com aqueles que realmente correm, com aquelas motos que se atravessam na frente dos carros ou que raspam nos retrovisores só para ganhar a frente? Que nos cortam perigosamente, aparecendo não-sei-de-onde nas nossas laterais, cortando inclusive pela direita???? E pior...ainda acham que tem razão!!!!

Por que os controladores de tráfego não estão nas ruas em maior número, vendo o que os motoristas vêem diariamente, como um caminhão de flores, que estaciona exatamente na esquina de uma rua lateral, atrapalhando a visão de quem quer entrar numa movimentada avenida...todos os dias? Ou por que não vêem que tem carros que param exatamente numa curva, apenas para buscar pão “ligeirinho” ?? Ou esses carros que atrapalham o trânsito de tão velhos? Ou as carroças que trancam o fluxo, deixando atrás de si uma fila enorme de motoristas irritados?  
E se poderia continuar a desfilar exemplos de motoristas que deveriam freqüentar os bancos das escolas do Detran e aprender novamente sobre educação e principalmente sobre as leis.

De que adianta a mídia reclamar do trânsito assassino, se o motorista que transita diàriamente não está bem educado?
De nada resolve multar os que passam com 1 km a mais do permitido, esse fato só serve para encher os bolsos dos órgãos que recolhem o dinheiro das multas. Bom, né?
E pior, vão receber mais um dinheirinho ainda, se eu tiver a minha carteira cassada por excesso de velocidade.

Injustiça.  Não que eu esteja certa no meu ridículo excesso de velocidade, mas o que me deixa louca é a injustiça perante as incoerências do tráfego versus controle por parte das autoridades.

Vou s’imbora pra Pasárgada, quem sabe lá, se eu for rainha, não tenhamos mais essas injustiças.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

ideiando uma vidinha nova!!!



Dias atrás postei sobre a morte, a ausência, hoje posto sobre nascimento, a alegria da chegada!!!  Os opostos que norteiam as nossas vidas!!!
Assim como choramos lágrimas de saudade por amores que partem, sentimos emoções profundas pela chegada de mais um companheirinho a trilhar por esses caminhos de Gaia...


Nasceu Davi, neto de uma amiga-de-sempre.
Davi lutou bravamente para nascer, trabalho de parto super longo, que acabou em cesárea... Cansaço de todos envolvidos, imaginem os pais, que esperavam um parto o mais natural possível, assistidos por uma amada Doula.


Mas a vida, essa Senhora Sabe-Tudo, resolveu que ele viria quase no dia do Shamain, já mostrando a  força de vontade leonina/escorpiana do menininho que estava chegando.


Estavam quase todos no hospital, nervosamente aguardando que Davi saisse do seu ambiente gostoso e aconchegante, mas o trabalho de parto não desenvolvia bem.  Eram 22:00 horas, no mais ou menos, quando finalmente resolveram buscá-lo.....e então nasceu o mais novo guerreirinho, futuro participante do Projeto Jaguar, bem cabeludo e valente, anunciando com seu chorinho, aos 4 cantos desse mundo, a sua chegada...
Perfeito, cansado, inquieto ainda pelo esforço, ficou ali quentinho na caminha, atrás do vidro divisor,  pra que todos os nossos corações pudessem vê-lo e dar graças à natureza por mais um belo ser, uma super-produção!!!


Festa nos corações, festa dos elementos, festa nessa vida, festa no céu...
Mais uma vez o milagre se repete, desta vez bem pertinho de mim e também dentro da minha alma de mãe e avó.
Alegria e júbilo!!!
Venceu a vida.