domingo, 26 de junho de 2011

Síndrome do ninho vazio...

                              Há muito tempo atrás....dentro do motorhome....

Nunca se espera sentir a ausência de um filho....eles crescem, tem sua vida própria e vão indo embora aos poucos.  E o buraco emocional fica...
Nem sei se me arrependo de não ter tido mais filhos, quem sabe agora eu teria esse sentimento de ausência diluído entre outras presenças... Mas ter filhos nunca foi garantia de ter companhia, podem  ir todos embora até do país.
Hoje resolvi escrever justamente o que está me doendo, que é a ausência de uma filha.  Essa ausência barulhenta, bagunçada, cheia de planos e silêncios às vezes, mas que está ali, por perto.
Certa vez eu li que é preferível mil vezes ter um quarto por arrumar, com coca-cola dentro dos armários, roupas pelo chão e chicletes nos móveis, do que ter o quarto arrumadinho e perfeito, exatamente como está o quarto dela agora...
E tem mais....ficar sentindo duas ausências poderosas não é mole, a outra ausência ainda está presente, se somando a essa de agora.
Mas a vida é assim, pontuada de idas e vindas, resta ter o equilíbrio de viver nessa gangorra e sair dela também, ao lado de outras companhias...
Sou como bonequinho de chumbo, quando a coisa pende para o tombo, eu levanto imediatamente... e hoje tá frio pra ficar no chão....hehehehe....só falei aqui porque nem tudo são flores nessa vida, às vezes dá vontade de contar as caídas também...
Vou me arrumar, daqui a pouco estarei saindo ao encontro de outras alegrias dessa vida.
E seja o que tiver que ser !!!!

Bom domingo a todos!!!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

On the road again...

                  Vista desde a sala do café da manhã, no hotel em que ficamos, no Leblon.  
                                Rio/junho 2011.


Na bela manhã de domingo, o mar verde esparramava sua única onda nas areias não tão povoadas de gente, afinal aqui é inverno e o pessoal não gosta de menos de 20 graus.  Aqui que eu falo é no Leblon, Rio de Janeiro, num pretenso inverno.
Saí de P.Alegre encasacada e debaixo de uma chuvarada digna de inverno, daquelas chuvas que caem de lado e sem cessar. Embarquei num avião lavado pela chuva, com medo da conhecida combinação temporal versus avião...
Mas aqui estou eu, tomando um belo café da manhã nesse belo hotel, escrevendo compulsivamente num guardanapo de boca e com a caneta emprestada pelo Maitre, vendo esse povo alegre através das imensas janelas envidraçadas.
Vim pra cá para viver momentos lindos, lembrar de histórias de vida, do meu passado, usufruir do sabor de amizades duradouras em meio a alegrias familiares.
O Rio continua lindo...



quinta-feira, 16 de junho de 2011

ideiando um cruzeirooooo....

                          Lago Titisee, Alemanha, 2008

                              Thames, Londres, 2008



Eu sou uma antaaaaaa...... Um ratoooo..... Uma anta-rato naufragadaaaaaa.....
Hoje uma amiga querida me ligou de Londres, para convidar para junto com ela fazer um cruzeiro do Velho Mundo para o Brasil.  Acho que falou em 16 dias a bordo (comecei a tremer), com um cotidiano pra lá de tentador (imaginem com o balançar das ondas), comida e  bebida free (mais gorda ainda?), enfim, um belo navio com não sei quantos andares (me lembrei do Titanic).... Depois que falou das belezas do navio - e enquanto falava nelas - fui ficando pequenininha, encolhida, mais pra rato de navio do que pra pretensa viajante....
E quando tive que responder..... fui obrigada, num fio de voz, a contar que não subo em navio nem sob decreto....nem de graça.... Mar alto então...nem pensar....
E olha que me  supero muitissimo quando subo num desses catamarãs que cruzam o Thames, com suas margens bem à vista e sem ondas.... ou nesses barcos a vela que sobem o Jacuí, aqui depois do Guaíba, com a proteção das margens logo ali... ou naqueles barquinhos sem graça e cheio de pessoas idosas que andam em círculos nos laguinhos da Alemanha....
Não consigo nem pensar em enfrentar ondas gigantes tipo aqueles filmes que pra mim são de terror, imaginem temporais a bordo!!!!
Mas na verdade, depois de agradecer a lembrança, continuei com aquela sensação de perder algo, sabem como é?  Sou mesmo uma anta, mas uma anta que não consegue gostar de água.
Me senti um verme de mulher, juro!!!   (hehehehe....verme é bicho de terra...rastejar é mais seguro, pelo menos se não encontrar uma poça de água...).
Tá bem que amanhã eu embarco pro Rio de Janeiro, amo aviões...., vamos descer no Santos Dumont e sempre existe a possibilidade de amerissagem....mas de sã consciencia eu não vou, a água do mar é muito gelada e salgada, não serve pra minha pele... nem pros meus cabelos....tem mais os tubarões.... desgraceira geral !!!!

Mas falando sério, o lindo dessa situação cômica é ter sido lembrada para acompanhar uma pessoa mais jovem, durante tantos dias.  Fiquei muito, mas muito feliz em ter sido lembrada, isso elogiou meu ego, me deixou lustrosa de alegria...
Ainda preciso ver o que fazer com aquela passagem aérea Brasil-Inglaterra que está em aberto na TAM.... quem sabe em outubro???
Meus pés não tem nadadeiras, mas são perfeitos para botas, que estão logo ali sempre prontas para rodar o mundo...mas por ar ou por  terra firme!!!
Desculpe amiga, esse cruzeiro fica pra outra encarnação...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mais um aniversário...

   Mesa da festa de hoje, aqui em casa. As flores são do meu jardim.




Até que nesse meu aniversário desse abençoado ano de 2011, festejei pouco.... foram apenas duas festas, uma no dia mesmo, pra familia e poucos amigos  e outra hoje, pra minha turma de amigas de sempre, aquelas que não falham nunca!!!
Tinha mais é que festejar, depois de tanto perrengue... e sempre é com muito prazer que programo uma festa, um encontro, momentos felizes.


Não ando com veia de escritora, os inícios dos textos se apresentam dentro do meu cérebro, a qualquer hora e em qualquer lugar, mas não me entusiasmo muito para continuar, como eu fazia antes.  Até que me deu vontade de escrever ontem à tarde, mas eu estava dirigindo e o assunto martelava na cabeça,  mas a preguiça foi  maior, poderia ter parado o carro e rabiscado, daí certamente depois eu seguiria com o texto.
Alguma coisa ainda não está no lugar, eu mudei muito, sei disso.
Percebo isso.
Sinto isso.
Só ainda não me defini direito.
E precisa?