ideiando uma pausa forçada...

Estou com o motor em marcha lenta, quase parando.

Está entupido, sem gás, dorminhoco, pesado e com poucas perspectivas de andar de imediato..... nem de carona.
O Alegrete ficou na imaginação, os compromissos foram postos de lado, a alegria ficou verde e os lençóis me receberam com a maciez necessária. Nada me chama.
Descanso merecido.
As turbulências tem sido de colocar avião em rota de colisão, ora com ventos fracos, ora com Katrinas.
Os planos, que sempre são muitos, todos estão em standby...
Quanta coisa pra preparar, pra decidir, pra optar...
Pra ver, pra viver...

Atchim...cof...cof...
Pause...
Sim, teclei pause.
Inté.

ideiando o novo e o velho....ou....o velho e o novo???

Ultimamente estamos sendo submetidos a pressões diversas, inclusive à situações de transformação do velho em outra "coisa" desconhecida pra nós, o que assusta por vezes !!!

O velho, o conhecido, o "antigo" com o qual estamos convivendo ao longo de uma vida, está se dissolvendo, está se indo, sumindo aos poucos, em prol de um futuro mais clean, mais amplo, mais fácil, mais verdadeiro.
Observem como isso é real !!!
As mudanças são benéficas, encorajadoras, limpas, dão trabalho mas são rejuvenecedoras... Dias atrás me dei conta de que como tudo é simples, a gente é quem complica!!!!  Parece bobagem falar isso, mas eu venho de épocas muito complicadas, acho que porisso atualmente  considero tudo tão mais simples... e tenho feito mudanças felizes...
Nossas relações também, muitas estão se indo, mas só as que não somam valores importantes para nós, que não nos consideram ou que não nos dão o valor merecido.
Em compensação... novas vem chegando, priorizando o crescimento pessoal, o amor de verdade, a confiança, o entendimento até apenas pelo olhar, a cumplicidade, a amizade verdadeira, o estar junto pro que der e vier.


Quanta limpeza andamos fazendo, hehehe, seja em armários, em arquivos, em roupas, em amizades...mudanças de paradigmas, de atitudes, de vida em si...
Selecionamos e separamos, sem a menor cerimônia...
Sinal de crescimento pessoal, pois só fica estagnado aquele que já morreu!!!


Vidaaaa... alegria... ouvir os sons..sentir os cheiros... observar o lá fora... aqui pelo meu maravilhoso bairro os passarinhos já estão anunciando a primavera, os sabiás  ensaiam seus cantos, o rio está quieto e as brumas tomaram conta de tudo. Os sons estão muito puros e próximos, sinal de que vem chuva para limpar tudo e inundar de energia a natureza.
Meu coração está alegre, as mudanças por aqui tem sido grandes, trabalhosas mas criativas e oportunas.
Optar pelo simples dentro das condições adequadas, escolher novos caminhos, viver com mais intensidade, abrir novos horizontes, essa tem sido a minha trilha nos últimos meses.
E tenho sido feliz nas escolhas.
Ainda bem.

ideiando o tal piquenique

Antes de ler essa postagem, leia a do dia 15 de agosto, quando esse piquenique estava sendo planejado e tudo mais !!!!

Bem, lá vamos nós, o dia prometia!!! 
Nossas pernas de borracha corriam aceleradas ao encontro dos lugares onde passamos momentos felizes de verão, com a idéiafix de fazer um piquenique. Céu azul, mar lindão... espírito aventureiro e vontade do diferente, ingredientes fundamentais para estarmos bem.... bem.... bem alegres e felizes...

O dia estava maravilhoso, mas friozinho... areias molhadas, é claro...ventão de montão.... precisamos de ajuda na hora de estender a toalha, pé numa ponta, mão na outra, mas conseguimos...

Não achamos cômoros fofinhos, mas achamos um lugarzinho bom e seco para

 desfrutar do ar puro à beira do nosso mar. As risadas ecoavam ao vento e a alegria era natural, há quanto tempo não se fazia uma dessas???

Estava tudo tããããão calmo que até florzinhas estavam nascendo no meio dos calçamento das ruas por onde passam os carros.... Silêncio total, só se ouvia o vento, o mar e as nossas risadas...

O vento aproveita que não tem ninguém por perto e capricha nos desenhos que faz nas areias, a gente vira criança com vontade de deixar as pegadas...

A toalha não era xadrez vermelho-e-branco como eu contei na postagem do outro dia, era azul-e-branco. Não tinha bolo da Heca, tivemos que comprar (que coisa isso!!), a térmica não era a preta novinha, era a verde alface, novinha também...

E esqueci o açúcar mesmo.

O que foi que eu previ?  ahahaha.... para irmos embora não podia deixar de acontecer alguma coisa....estava tudo certinho demais até ali... ao fechar a sacola veio areia junto e ficamos naquela situação incômoda de estar meio à milanesa... aqui na foto um pedacinho. Voltamos com areia por tudo.

No retorno na freeway, tivemos a companhia do Sol em sua magnitude avermelhada novamente, como dias atrás. Era um espetáculo muito lindo.

Valeu pessoal, fizemos um piquenique nas areias, momento digno de um inverno que tem um solaço prometido de 30 graus, mas que não dispensa o casaco na beira do mar.

Coisa de gaúcho.

ideiando um final de dia

Com o som de ABBA num volume considerado alto...hehehe....abanei minhas tranças através dos inúmeros compromissos que esta vida ainda me impõe...  e eu que pensei que vida de aposentada era um mar de calma....
Tem coisa melhor do que cantar alto dentro do carro, acompanhando o Mamma Mia???  Soltar a garganta com o ABBA é tudo de bom...
Mas tem uma coisa nessa vida que consegue me parar: um por-do-sol !!!
E o de hoje esteve magnífico, um sol vermelhão contrastando com a calma do rio...e o olhar dos motoristas acompanhavam o espetáculo e ao mesmo tempo o tráfego, em plena correria de volta pra casa, lá pelo Estaleiro.

Morar perto do nosso Guaíba é uma bênção, um privilégio de muitos. A gente convive com ele, sente sua calma e sua fúria, nosso humor oscila de acordo com as suas ondas, comentamos o tempo, o dia, o frio e a cor dele... E hoje ele estava calmo, talvez assustado com a minha cantoria dentro do carro em um movimento assim, como dizer, meio rápido...meio pé-de-chumbo...
Sim, o rio me entende... somos cúmplices diários, não saio de casa sem senti-lo em sua plenitude..

Só consegui parar meu carro para fotografar o poente, em meio aquele tráfego louco do final do dia, quando o sol já tinha quase ido pro dia seguinte....
Mas tudo bem, captei o saldinho dele do dia 17...  E estava divino...

Engraçada foi a cara do homem que estava sentado ali ao lado de onde eu parei, me observando,  eu devia estar parecendo uma maluca na correria para clicar o sol, além da pressa por estar num local não muito conveniente...

Voltei pro meu ABBA e cantei mais alto ainda...
Divinos e engraçados são esses momentos de beleza em meio ao caos...

ideiando um piquenique na praia...

Mas áááááá...esse assunto do medo rendeu muitos comentários... engraçado isso, existem pessoas que não admitem que tem medo (talvez por medo de parecerem fracas??) e outras pessoas que se   descobrem normais....  A coisa é contagiosa!!!   Análises contagiam sim!!!

Mas o assunto dessa madrugada surgiu enquanto eu escovava os dentes pra ir dormir....hehehehe....sim...é assim mesmo...com a boca cheia de pasta iniciei a busca pela caneta, antes que a idéia fosse pro fim dos meus cabelos loiro-esbranquiçados e desaparecesse com o final da escovação. 
(Pior do que ser loira é ser um ser envelhecido e mal cuidado, então se fala em "esbranquiçada" para os cabelos brancos, assim vira um upgrade de vida pra uma loira legítima.)
Mas voltando ao assunto, resolvi que vou fazer um piquenique na praia, com direito a toalha xadrez nas cores vermelho-e-branco, café na térmica preta novinha e bolo integral feito pela Heca.
Uma baita idéia, mas com a turma junto, é claro, garantia de farra completa e alegria com muitas risadas!!!
Mas daí... imaginei a gente acampadas ao lado de um cômoro bem fofinho e sequinho, sim, porque as areias molhadas ou úmidas, nesse frio, não estão com nada!!! 
Depois, fiquei "vendo" a areia tomando conta da toalha que não pára quieta, o vento implicando com a toalha e com nossos cabelos, a maresia entrando pela gola e deixando o pescoço melado (arghhhh), a câmara fotográfica precisando de proteção contra o ar salino, um siri tentando atravessar a toalha e perdendo o rumo devido ao xadrez, o bolo  virado em farelos graúdos e à milanesa-de-areia (preciso levar pratinhos?) e o café passado há muitas horas ficando finalmente morno, se não tiver areia nas xícaras. Esquecemos o açúcar.
Mas credo, que coisa...
E se chover? E se tiver corujas? E se o mar estiver alto e com ressaca?  E se tivermos que fazer parada hidráulica?
Xiii, não gostei nadica de nada, vou mudar de idéia...que mania eu tenho de ter imaginação fértil!!!
Vou dormir.
Punto e basta!

ideiando o medo!!

O medo!!


Será que ele é azul? Será que é vermelho?


O medo sempre está presente nas coisas que fazemos, sentimos, imaginamos ou sofremos. Em maior ou menor escala, mas está lá, no compartimento dos arquivos das suposições para não incomodar muito. Deixa pra lá...   Será que?

Medos infundados, derivados do desconhecimento da realidade, muitas vezes.

Medos idiotas de coisas que fazemos imensas e que são legítimas formiguinhas.

Medo pelo simples fato do novo, do desconhecido.

Medo de se sair mal, de não entender, de ficar sem...

Mas pra que se sente medo? Porque?

Como alma perguntadeira que sou, atravesso os desertos e encontro o medo sempre. Brigo com ele, me arrebento, "molho ele com floral..."

Ultimamente tenho até cumprimentado esse senhor ancestral, só pra ver como ele se sente ou se se explica melhor, mas já houve época em que eu fugia e me escondia pra ele não me ver...

Considerar que ele faz parte do nosso sistema de cautela, óóóóó, isso é nada, hehehe... imagina se vamos ter cautela, ora bolas, sabemos o que fazemos... (risinhos)...

E se a gente não se dá bem? Oras, o medo foi o culpado, foi ele quem não deixou que a coisa desse certo!!!

Fácil, fácil...

Mas depois que passa o assunto que puxa o medo como ímã, o alívio de se dar bem é imenso... é do tamanho da coragem que arranjamos não-se-sabe-onde, talvez lá no fim do arco-íris...

Amen.

ideiando a intimidade das plantas...continuação

A samambaia tem uma cor especial, que não se afeta pelo inverno. Bela, tranquila e banhada pelo sol da tarde, ela é um orgulho só com a sua imponência. 

As azaléias colorem e dão vida ao jardim, exatamente nessa época de inverno, quando as cores estão em baixa. Essa minha azaléia é uma velha senhora de muitas e muitas primaveras, já dá poucas flores, mas com a beleza serena da idade avançada...

Meu limoeiro, mostrando o esforço de segurar seu filho/fruto e já dando muitas flores perfumadas para a próxima leva de limões. Essa flores, lindas, tem o perfume da felicidade.

Papyrus, numa explosão de suas agulhas contrastando com o céu azul.

A resina de uma velha estrelitzia e a companhia de uma formiga. O belo dentro do passado, a vida permeando o envelhecido.

ideiando a intimidade das plantas...

Fazer macros sempre foi um prazer, estou recomeçando em alto estilo: vejam só essa rosa, ela tem dois miolos e seu formato é em coração...

Essa é aquela orquídea muito comum nas árvores que, com suas belas cores contrastantes, sempre dá um belo clique.

Gosto das macros, mas mais ainda quando se trata de fotos meio que sugeridas, diferentes das certinhas que fazem. Gosto desta coisa meio dizendo-mas não-tudo...  Olhem a beleza de uma erva daninha...

Aqui temos a intimidade de uma bromélia, que ganhei no meu aniversário e permanece linda. Por fora ela é rosa, mas por dentro é desse vermelho-paixão e espinhenta como ela só... Maravilhosa.

Tudo na natureza segue a máxima de que nada se perde, tudo se transforma. Em matéria de beleza também... Aqui são os restos de uma estrelitzia ainda dando uma bela fotografia...

ideiando a beleza do inverno...

A macro invade a intimidade e revela o que nosso olho não vê, como essa beleza aqui abaixo...as nervuras de uma folha de costela-de-adão.

As ervas chamadas daninhas dançam ao redor do caule e se prendem sem cerimônia.

O jardim está adormecido, mas as belezas estão ali, é só observar....

Em época de grandes quadraturas no céu, conviver com o aqui e agora, com o que é e como está, dá muito prazer. Deixe que falem...que se preocupem... aqui a natureza é fantástica e impressiona quando nos apropriamos de sua beleza através de uma lente poderosa...