ideiando a verdade e a confiança

"Não são necessárias muitas palavras para falar a verdade."
Chefe Joseph Nez Perce (Native American Wisdom)
Dizer a verdade, sem culpar nem julgar, é o caminho da direção Leste, o caminho do Fogo, o caminho de quem tem posicionamento.
Dentro de mim existe uma certeza muito intensa de que a confiança em uma pessoa é a mola que rege, dá base e sustentação a um relacionamento. É o espelho do caráter.
E o que faz com que a confiança seja eleita?
A verdade, a verdade e a verdade, acima de tudo e todos.
Faltou com a verdade, contornou a verdade, mentiu a verdade, em qualquer situação que seja, a confiança se vai e o cristal fica trincado pra sempre.
E não se consegue colar um cristal sem que ele fique com as marcas, assim é a confiança em uma pessoa.
E isso dói, atrapalha e termina com os relacionamentos.

Resolvi escrever isso hoje porque estou mesmo vivendo uma etapa assim, onde eu vejo pessoas muito próximas faltando com a verdade, omitindo a verdade, se atrapalhando com a verdade, modificando o curso dos relacionamentos apenas por pequenos detalhes que seriam tão fáceis de serem contornados, se as pessoas entendessem que existe o sagrado direito de cada um ter o seu ponto-de-vista.

Eu posso ter o meu, vocês pode ter o seu, o outro pode ter o dele, não somos obrigados a ter o mesmo ponto-de-vista sobre um mesmo assunto, mas para isso não se precisa usar da falta de verdade para "passar por cima" dos problemas.

Os ensinamentos que atravessam os séculos, de todas as tradições religiosas, sempre ensinam a usar a verdade. Ela é o caminho mais curto para o entendimento.
Mas é uma pena que nem todos pensem assim.

Que cada um receba de acordo com o que semeia...

Ponto.

ideiando mais um aniversário

Hoje amanheci com um ano a mais na contagem da minha existência, ou mais uma primavera, como dizem...
Enquanto tomava café numa mesa posta com capricho, de uma forma especial meu cachorro me embalava sacudindo seu rabo embaixo da mesa... Ao meu lado, o gatão preto se escorava em mim e dormia o sono dos tranquilos de barriga cheia.
E eu tomei café sozinha, pela primeira vez, sozinha num aniversário...
Sem as flores que sempre ganhei pela manhã, mas com presentinhos já na mesa esperando que a minha curiosidade os abrisse.
Achei que poderia ser triste, mas foi  bom, tranquilo, recheado de lembranças...
É bom tomar conta de si, é bom ter a paz necessária, é bom não ter pressa, é bom ter silêncio ao redor, é bom curtir uma primeira liberdade...

Estou preparando uma janta para a familia, adoro fazer isso, reunir gente...depois os festejos com os amigos serão mais adiante...aí começa a bagunça!!!!
E as comemorações pelo aniversário já se iniciaram ontem à noite, quando fui convidada para jantar pela minha amiga-desde-os-topes-de-fita, fomos comer uma das especialidades da Cantina do Toco, a massa à Catarina. Boa, boa, só comendo pra saber quanto é gostosa!!!!
E hoje os telefones, os queridos torpedos, os muitos e muitos emails e uma quantidade imensa de recados me surpreenderam e abarrotaram o dia desde muito cedo, me dando uma alegria imensa e inesperada... É muito bom ser lembrada...

Quero agradecer a todos os amigos que se lembraram de mim, pelo carinho com que me preenchem o coração e me cobrem de confiança e amorosidade.
Sou muito grata à vida por ter todos vocês comigo.
E por vocês me darem a sustentação emocional que eu estava precisando nesse momento de transição.

Feliz vida nova!

ideiando, apenas...

Quando o Sol chegar a 5 graus de Gêmeos, estarei completando mais um ciclo  da minha existência nessa Terra. Data marcante a desse ano, data de mudanças básicas e fundamentais. Mudanças inesperadas e profundas. Radicais até.
Hoje,  quando li nos arquivos algumas frases minhas,  vi que estou caminhando através dessa aqui, escrita e ideiada em  2006:

Por entre as nuvens vou levando minha mochila.....
Por entre os sonhos vou escolhendo o caminho...
Por entre a vida vou deixando meu passado... (ilane/2006)

Minha mochila...sempre pronta pra sair por aí, pra sonhar, pra correr mundo "on the road again" ...voltou a ser limpa e preparada...isto é, para sair na medida do possível, agora não tão possivel quanto antes, mas mais livre...
Os sonhos....ahhhh... as escolhas....aprendi na marra que escolher dói tanto, mas tanto, que aperta o peito e deixa sem ar, dói também no estômago, na coluna...incomoda, tira o lugar de conforto das pessoas...
Mas mudar é essencial pra vida, é mudando que se acende novamente o brilho no olhar, rejuvenece, revigora, restaura...já dizia a Lia Luft...
Mas tem que ter coragem... e bota coragem nisso...
E finalmente o passado...sim....por mais lindo que tenha sido, esse está sendo deixado pra trás, a vida nova que se apresenta é verdadeiramente um balaio de surpresas, de cores, de céus muito azuis e outros nem tanto, de terminar com os processos anteriores e consolidar uma nova caminhada, novos passos, nova postura, novo olhar sobre tudo. E de reaprender a ser feliz!
Tempo de posicionar uma vida, a minha vida, ao sabor da vida...

Até que se completem os ciclos que eu prometi caminhar sobre essa Terra.

ideiando relações familiares

Todo mundo sabe que as relações familiares são uma tarrafa com muitos nós. Por vezes estão preservadas e em perfeito estado, mas na maioria das situações estão bem esburacadas e não capturam mais peixes, quer dizer, positividades.
Existe muita falta de respeito pelo sentimento do outro, sem a escuta amorosa e julgamento que deveria haver entre parentes próximos, nem a partilha das alegrias e também dos problemas, tudo isso tem sido esquecido sempre em prol do individualismo e do próprio umbigo.


Pois nessa semana eu tive o prazer de participar de uma noitada em torno de uma senhora de 95 anos, numa família em que os filhos mantém um dia da semana marcado pra jantarem com ela. Vai quem pode e levam o que quiserem comer e beber, sempre dá certo.
E conversam, riem, vêem fotos, trocam lembranças e estimulam que a mãe lembre também dos assuntos de família, pois ela está um pouco esquecidinha. Tocam gaitinha de boca e, sentados na mesa, cantam músicas de outrora, sempre acompanhados timidamente pela velha senhora....
Lindo de ver e de viver.


Devem ter lá os seus problemas internos, acredito nisso sim, mas não falam deles em prol da atmosfera de carinho que se cria, sempre voltados ao bem estar da mãe querida.
Fiquei feliz em participar desse encontro e voltei pra casa pensando no segredo dessa família, em como eles fazem pra que seus egos fiquem à parte e que a harmonia esteja presente nos seus encontros....
Pra mim foi uma verdadeira lição de amor.
E de respeito.

ideiando uma exposição coletiva

ideiando a coragem de parar

Estou aposentando as chuteiras... nesse caso aqui representadas pelas luvas de couro dos trabalhadores da Reserva do Taim, onde a foto foi clicada.
Os dias tem sido tão intensos em emoções, que não sobraram inspirações para escrever, inventar, criticar ou constatar... resta apenas o silêncio dentro de mim. E eu preciso desse silêncio pra me achar.
Calma e tranquilidade como na natureza da foto acima, tempo de descansar, pra depois preparar e arar a vida novamente.
Mãos que se torcem nervosamente, travesseiros amassados, comida fria e olho no céu, fazem parte dessa longa travessia de um deserto infindável.
Desertos, desertos.... já dizia Jean Ives Leloup... desertos que precisam ser vencidos a fim de que se restaurem essências e se corrijam os rumos.
Mas o amanhecer se aproxima e os ventos anunciam um alvorecer com cheiro de mato molhado, de ar geladinho, de uma visão infinita em direção ao que é.
Um retorno à casa original.

ideiando redirecionamento de vida

Alinhando meus motores, dei partida para uma nova etapa de vida, onde a busca pelo verdadeiro e por aquilo que é, é mais importante que tudo.
Realmente é um jogo....busco a essência e entrego o irreal, busco os ideais esquecidos e deixo o status de ser, busco a leveza e permito que se vá o cinza, o duro, a preocupação, o excesso.
Se vai dar certo?
Qual a volta pro centro do ser que não deu certo?
É lá que mora a felicidade....

ideiando o nada

A neblina esconde os contornos, o barco parece estar no nada.
O nada é um lapso de momento, é uma dobra do tempo.