terça-feira, 22 de dezembro de 2009

ideiando a tristeza da perda....


Hoje tive momentos de tristeza, ao estar presente na cerimônia de enterro das cinzas de uma mulher que eu amava muito.

A tia Anny. A última representante da geração dos pais, da familia do Armin.

Ela foi minha "ídola", pois era o que eu queria ser.... alegre, festeira, disposta, sempre de bem com a vida, todos gostavam dela... foi com ela que nos meus 30 anos (ela com 60) coloquei mochila nas costas e passei 2 meses perambulando pelo Velho Mundo.....depois fui pra NYork onde os primos amados (meu marido e o filho dela) nos esperavam.... Ela me ensinou muito...

Quando completou 90 anos me disse que nem parecia que estava com toda essa idade, ela não sentia isso.... Se foi aos 92...

Mas como eu não consigo deixar de pensar sobre os acontecimentos, voei longe e escrevi: .......caminhando pelas alamedas do Cemitério Evangélico, vendo os nomes nos túmulos, percebo que ali está a história de toda uma geração, de várias é claro.... mas muito da geração dos nossos pais.
Um nome aqui evoca uma lembrança, outro nome ali lembra outra, e assim vai....
O vento balança as árvores que vão permeando o ar com seus cheiros característicos e o silêncio se faz presente, apenas interrompido pelos meus passos, rápidos, para alcançar o portão de saída, como a não querer lembrar que tudo termina ali. A presença de quem já se foi se torna muito intensa nesses momentos, a tristeza volta e se instala...

Com os olhos marejados me vejo entrando rapidamente no carro e me afastando de lá, com a incômoda sensação de impermanência.

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